sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aforismos

– A boa conversa está mais próxima da arte que as literaturas de segunda ordem.

– João Cabral fazia versos de ferro, seus seguidores fazem de ferrugem.

– Quando ela vier (a morte), nunca terá vindo.

– Perigo é quando sobe a arquitetura à cabeça dos poetas; constroem casas perfeitas, mas onde nenhum homem viverá.

– Minas é o mais metafísico de nossos estados.

– Então é esta a natureza do poeta, desejar o mundo?

Especial de amigos, sobre uísque:

– A civilização começou com a destilação. (William Faulkner)

– O tempo andou mexendo com a gente, sim. ( J. M Poranga, sobre os 18 anos de uma garrafa)

– Cumpre seu papel pra humanidade. (Teófilo de Flamboyant)

– A poesia é algo tão concentrado quanto uísque, com um alto teor alcoólico. Pode-se escrever um romance de 400 páginas. Um livro de poesia de 400 páginas é inviável. (João Cabral de Melo Neto)

– O importante não é você gostar do uísque, mas o uísque gostar de você. (Jaime Ovalle)

– O uísque e a liberdade andam juntos. (Robert Burns)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Soneto dos amantes desvairados.

Nós somos amantes porque amamos.
O termos ou não nosso amor ao lado
não torna improváveis os nossos planos:
- Amamos por nós e por nosso amado!

E nossa amação, sem igual no mundo,
é tal, que em estado febril constante,
buscamos no amor os porquês profundos
e ao fim de um amor, mais amor que antes.

Só vemos no amor, para o amor, a cura,
mas nunca vulgares, nem vãos, nem vis.
Nós damos a vida ao amar assim!

E, assim, nós "morremos", igual se diz,
por todas as forças que o amor conjura,
em cada romance que chega ao fim.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Manuel Bandeira (Portinari)


J. M Poranga e José Agapanto, num dia de cerimônia