Em meu corpo adulto de homem,
três espíritos parlamentam
e decidem o rumo que sigo.
O primeiro é de uma criança,
cujo lar era a beira da praia.
O segundo espírito é um jovem,
que foi lá porque quis e morreu
numa guerra que aos bravos clamara.
O terceiro é de um homem bem velho.
Ele veio das roças de cana
e da lida dos pastos sem cerca
do interior do interior do Brasil.
Pois, às vezes, criança e jovem
se coligam no voto, contrários
às cismas de meu ancião.
Já, por outras, o velho e o miúdo
dão as mãos pra vencer as malícias
que meu moço traz dentro do peito.
Mas o jovem e o velho não se dão,
nunca se deram a fazer unidades.
Logo, assim, meu espírito menino
é o partido de mais influência.
Um comentário:
Sempre menino, e eu não sei?
Postar um comentário