De vez em quando, a estante dos licores
afasta o bom rabino dos louvores
e arrisca a gola branca a novas cores.
Uns cálices depois, certos horrores
vernáculos das mentes de senhores
gentis demais às damas nos favores
escapam. São suspiros, são calores
fingidos, sob a rolha, de sabores
de frutas e ervas finas. Pois imunes
aos anos, apurando seus queimores,
as caldas melindrosas dançam tango
nas vulvas vidraçadas com os numes,
que ganham vida e tomam corpo quando
o bom rabino as vem amar. Licores.
2 comentários:
Grande Flamboyant...
Esse poema eu conheço bem...
o nosso bom rabino tem nome e sobrenome!
Postar um comentário