Distante dos meus deuses naturais,
temendo ter traído minha pátria,
por blocos de antiquados carnavais
errei, mas quem assim já não errara?
Sentei-me à beira-mar e tive um frio
que foi como se eu não vestisse nada.
Na orla, à noite, mil luzes do Rio
dançavam com as ondas e eu chorava.
Mas quem já não morrera assim, amigos?
E quem já não jurara à lua clara:
- Jamais um novo amor será cantado!
Só sei que algum calor aos arrepios
pôs fim e um querubim da Guanabara
secou meus olhos. Eu jurava errado.
3 comentários:
que coisa mais linda, João!
Elis
eu jurava errado! gostei!
muito bom, João! quero poder eu também, um dia, quebrar meu juramento.
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