quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Licores

De vez em quando, a estante dos licores
afasta o bom rabino dos louvores
e arrisca a gola branca a novas cores.
Uns cálices depois, certos horrores

vernáculos das mentes de senhores
gentis demais às damas nos favores
escapam. São suspiros, são calores
fingidos, sob a rolha, de sabores

de frutas e ervas finas. Pois imunes
aos anos, apurando seus queimores,
as caldas melindrosas dançam tango

nas vulvas vidraçadas com os numes,
que ganham vida e tomam corpo quando
o bom rabino as vem amar. Licores.

2 comentários:

Jimmy Charles Mendes disse...

Grande Flamboyant...
Esse poema eu conheço bem...

josé agapanto disse...

o nosso bom rabino tem nome e sobrenome!