ocelote d'água. Pelo sorriso que insurge
como a estrela que insurge, não é.
Não é pela madeira desfiada,
cachoeira sobre os ombros,
que vela a espádua se a noite velar a fuga. Não é.
Tampouco seria pela cintura,
antitese de seio e quadril,
teu equador de ampulheta.
Menos ainda pelos seios, seios, seios, seios...
quadris, quadris, quadris, quadris,
que são o Tempo.
Nem pelas pernas sem roupa,
melhores amigas da praia,
pintadas à cor dos olhares.
(Giras o mundo quando te locomoves.
Despreocupada, confundindo
o dia, danças, da colheita.)
Não. Nada disso me encanta.
Nem por isso estou por ti.
Mas por teu sapatinho de laço.
É pelo cremoso sapatinho, querida,
de laço, que, teu, me encantas.
E eu te sigo. Praças. Largos. Bares. Baile.
2 comentários:
caralho. que discípulo de vinícius.
adoro esse poema! é bonitinho e engraçado na medida!
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